você caminha na calçada:
a cidade improvisa um jazz
com seu corpo
goza a catarse dos teus cadarsos livres
você pula um cocô de cachorro
com a plasticidade de um Nijinski
e quase não toca os pés no chão
nem de força, nem de suavidade:
é pura juventude
o tempo brinca de esconde-esconde
nos intervalos de seus saltos
no terreno entre teus seios
o desequilíbrio do mundo se ajusta
e eu perco o juízo das coisas
as ruas fazem um solo de silêncio e luz
a noite escorrega na tua camisa
o movimento, não conseguimos medir
sem alterar
segunda-feira, 15 de março de 2010
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